Recordam-se da apresentação da rubrica "à mão e semear com..." que estreou no mês passado, com a Oksana, autora do blogue "Dicas da Oksi"? Esta semana quero partilhar convosco a participação de uma convidada muito especial, a nutricionista Georgina Campos. Conheci a Georgina pouco depois de dar os meus primeiros passos na área da agricultura urbana (quase 10 anos atrás). Fizemos a divulgação conjunta de projetos parceiros (Plantit e Nutrir) e algumas ações giras de sensibilização para a comunidade em geral e público escolar sobre a agricultura urbana ligada à alimentação saudável. Não vou esquecer nunca a sua boa disposição e alegria contagiante. Seguimos caminhos diferentes (eu por cá, ela por Itália) e por uma curiosidade "gira", lançamos os nossos últimos projetos (blogues) em alturas muito próximas, Dezembro de 2017).
Não tem melhor sensação do que ir à varanda e colher as ervas aromáticas para fazer uma infusão, uma bruschetta ou simplesmente temperar uma salada. Tem melhor coisa do que um carpaccio de curgete com menta fresca, uma açorda de peixe com coentros frescos ou batatas no forno com alecrim? Ou uma infusão de cidreira fresca antes de ir dormir? Poder ter uma horta, representa uma enorme conexão do homem com a terra e por consequência com o mundo. Conhecer os alimentos é ter a capacidade de integrar-se no mundo, perceber o real valor que devemos dar aos alimentos e reconhecer o esforço que diariamente os agricultores fazem para fazer chegar até nós os alimentos. É aprender a dizer não ao desperdício alimentar. É dizer não às práticas agrícolas que não respeitam o meio ambiente. Atualmente mais de 50% dos alimentos produzidos são colocados no lixo. E cabe a cada um de nós lutar contra estes valores. Ter uma horta ou uma pequena “plantação urbana” è também uma óptima forma de relaxar e ter algum tempo para si ou para dividir com familiares e amigos. Vai ver que vai começar a ver as sementes dos alimentos que usa para cozinhar de uma forma diferente.
Uma Alimentação saudável deve sê-lo não só para o Homem mas também para o ambiente, numa relação que seja positiva para ambos. E um futuro sustentável só se pode construir quando baseado nessa simbiose. Assim, todas as iniciativas que visem diminuir o impacto ambiental associado aos alimentos que ingerimos diariamente, são muito importantes para a melhorar o futuro de todos nós. Escolhas alimentares que valorizem, a produção local, que respeitem o meio ambiente e que estejam de acordo com as nossas necessidades nutricionais e culturais serão seguramente escolhas que contribuirão para um mundo melhor e mais justo. Escolher fruta e legumes da época sem que estes estejam embalados em plástico; consumir alimentos que sejam menos bonitos ou que não correspondam ao tamanho que estamos habituados a ver no supermercado; estar atentos ao país de origem dos ingredientes/alimento e respectivo método de produção; não comprar mais do que aquilo do que precisa para evitar o desperdício alimentar, são algumas das coisas que podemos fazer no nosso dia a dia de forma a contribuir para esta causa.
Tempo de preparação e confecção: 20 minutos
Ingredientes (4 pax):
A Caseiro
"Se tivesse uma horta não poderiam faltar rabanetes e beterrabas. Sou completamente viciada em ambos e ainda não consegui cultiva-los em vasos, pelo que me fico pelo sonho de uma horta verdadeira :) Georgina Campos
À mão de semear com...... Georgina Campos
1. Se tens ou tivesses uma horta, o que nunca poderia faltar? O que gostarias de ter sempre à mão de semear?
"Se tivesse uma horta não poderiam faltar rabanetes e beterrabas. Sou completamente viciada em ambos e ainda não consegui cultiva-los em vasos, pelo que me fico pelo sonho de uma horta verdadeira :) Não resisto a uma salada com beterraba assada no forno ou a rabanetes com azeite, vinagre balsâmico e oregãos frescos. Pensando melhor, framboesas e mirtilos também deveriam fazer parte. Acho que deu para perceber o meu gosto pessoal por alimentos rosa/vermelhos . No caso da minha horta em vaso, tenho sempre manjericão, salsa, alecrim, menta e oregãos. Bem perto da cozinha que a sua presença não seja esquecida em todas as refeições."
2. Quais são as maiores vantagens de cultivar alimentos em casa?
Não tem melhor sensação do que ir à varanda e colher as ervas aromáticas para fazer uma infusão, uma bruschetta ou simplesmente temperar uma salada. Tem melhor coisa do que um carpaccio de curgete com menta fresca, uma açorda de peixe com coentros frescos ou batatas no forno com alecrim? Ou uma infusão de cidreira fresca antes de ir dormir? Poder ter uma horta, representa uma enorme conexão do homem com a terra e por consequência com o mundo. Conhecer os alimentos é ter a capacidade de integrar-se no mundo, perceber o real valor que devemos dar aos alimentos e reconhecer o esforço que diariamente os agricultores fazem para fazer chegar até nós os alimentos. É aprender a dizer não ao desperdício alimentar. É dizer não às práticas agrícolas que não respeitam o meio ambiente. Atualmente mais de 50% dos alimentos produzidos são colocados no lixo. E cabe a cada um de nós lutar contra estes valores. Ter uma horta ou uma pequena “plantação urbana” è também uma óptima forma de relaxar e ter algum tempo para si ou para dividir com familiares e amigos. Vai ver que vai começar a ver as sementes dos alimentos que usa para cozinhar de uma forma diferente.
3. Consideras que uma alimentação saudável e sustentável pode melhorar o mundo? De que forma?
Uma Alimentação saudável deve sê-lo não só para o Homem mas também para o ambiente, numa relação que seja positiva para ambos. E um futuro sustentável só se pode construir quando baseado nessa simbiose. Assim, todas as iniciativas que visem diminuir o impacto ambiental associado aos alimentos que ingerimos diariamente, são muito importantes para a melhorar o futuro de todos nós. Escolhas alimentares que valorizem, a produção local, que respeitem o meio ambiente e que estejam de acordo com as nossas necessidades nutricionais e culturais serão seguramente escolhas que contribuirão para um mundo melhor e mais justo. Escolher fruta e legumes da época sem que estes estejam embalados em plástico; consumir alimentos que sejam menos bonitos ou que não correspondam ao tamanho que estamos habituados a ver no supermercado; estar atentos ao país de origem dos ingredientes/alimento e respectivo método de produção; não comprar mais do que aquilo do que precisa para evitar o desperdício alimentar, são algumas das coisas que podemos fazer no nosso dia a dia de forma a contribuir para esta causa.
4. Uma sugestão de receita do teu blogue...
"Deixo uma receita muito simples, muito saborosa e fácil de fazer: A minha Parmigiana!Tempo de preparação e confecção: 20 minutos
Ingredientes (4 pax):
- 1 beringela
- 2 tomates maduros de tamanho médio
- 1 mozzarella (100 gramas)
- 1 colher de sopa de azeite
- 10 folhas de manjericão
- 1 colher de café de sal
- Pimenta q.b.
O Projeto da Georgina Campos
Georgina é licenciada em Ciências da Nutrição e Alimentação, pela Universidade do Porto em Portugal. Movida pelo desejo de conhecer outras realidades, fez o estágio final do curso no Brasil, onde aprendeu toda uma nova cultura ligada aos alimentos. Georgina Campos Nutricoach nasceu do desejo de unir todas as aprendizagens em um único projeto baseado na ideia de divulgação cultural dos alimentos e preparações culinárias."Acredito que conhecer os alimentos, nos seus diferentes componentes (nutricionais, culturais, sociais, ambientais) é a melhor forma de ter uma alimentação equilibrada e adequada aos diferentes objetivos. Além disso, adoro comer e acredito que os alimentos podem ser uma ótima ajuda como anti-aging e na melhoria da qualidade de vida."Fiquei muito contente e grata com a aceitação de colaboração da Georgina. Espero que tenham gostado da sua partilha e do seu projeto! Entretanto, aproveitem estes dias frios e façam bons cultivos na cozinha! 🙂
A Caseiro